Uma noite para ficar em casa mesmo.

Estava eu ontem a beber na velha ribeira de guerra, eis que batem as 22h badaladas e como não queria voltar a pé me dirigi à parada aproveitando um casal que se direcionava à mesma, ao chegar à dita cuja o casal pega logo o seu ônibus e eu solitáriamente espero meu cambão.

Começa então meu azar infinito...

Um muleque peda chega e começa a conversa besta... Logo. logo pede meu anel (o do dedo mesmo), entrego o primeiro, então ele começa:

Vamo fumar peda na praça!! Vamo fumar peda ali!!
Ai eu falo: Fumo peda não caba, fumo não!!
E ele: bora, bora!!
Eis que vê o outro anel (do outro dedo bando de energuminos) e eu tenho que dar...

E então que passa um ônibus eu vou atrás e ele segurando meu braço e eu carregando o muleque peda, subo no ônibus e me livro do galado. Descubro então que se trata de um ônibus "Nova Natal" e tenho que desser na "Praça Vermelha" local onde todos os muleques peda se reunem para conversar sobre a crise mundial e como fumar mais peda.

Um caba que já está fudido igual a mim pega um taxi e eu liso entro também, afinal os aneis dos dedos já tinham ido, o outro anel eu num ia dar.

O caba desse em "Cidade da Esperança" minhas esperanças de chegar em casa ficavam meio nebulosas já... Não obstante descubro que o taxista era um pinta também, começou com um papo muito parecido com o do muleque peda da ribeira, então eu tive que deixar meu celular impenhado, como não sou tão burro assim ao menos peguei meu chip...

Desso na Salgado Filho e pego um Satelite, venho andando sem celular e sem os aneis dos dedos... Vejo então alguns amiguxos a se deleitar com cervas geladas tomo dois copos de um gole só e venho para casa.

Hoje pela manhã minha mãe ligou para o taxista... Ele se fez de doido e disse que o telefone não era dele.

Já estou com celular e aneis novos...