Relato de um sofrimento
Felipe Alecrim


Vida amarga
Noites em claro
Procuro um chão seguro
Mas sempre salto em um vazio obscuro

Quem me salva?
Quem estende a mão?
Já não vejo nada
Só a grande escuridão

Não consigo sair
Não encontro solução
Já não sei para onde ir

Vivo em sofrimento
Dor, esquecimento, amargura
Como é grande esse desalento!

Abstenho
Felipe Alecrim



Abstenho do teu beijo
Abstenho do teu cheiro
Do teu rosto
Do teu gosto

Abstenho da vida
Amarga, ingrata
De todas as coisas
Até das mais belas

Abstenho de mim
Do que sou
Para onde vou

Já não tenho mais engodo
Em meu grito, peço teu socorro
Mas por que, se com você eu morro a cada dia?

Poesia (se é que posso chamar assim vinda de mim) própria, apenas para postar alguma coisa.