sexta-feira, março 28, 2008

Sei lá...só pensamentos...

Como toda pessoa de influencias socialistas (no sentido do social, como principio, não necessariamente, seguidor cego do marxismo), sempre me pautei na divisão das coisas, nunca nutri grande gosto por roupas caras, sempre uso camisas e calças até o limite do utilizável.
Entretanto cada vez mais observo que a idéia de que “você vale o quanto possui no bolso” é sempre valida nesta sociedade hipócrita, não para a minha pessoa, pois, a cada vez que me encontro com dinheiro chego à conclusão de que o ditado, “Deus escreve certo por linhas tortas” é bem real, visto a minha suscetibilidade em querer ajudar aos outros, muitas vezes sob forma financeira, quando a necessidade é esta. No entanto, como já vinha dizendo, minha vida cotidiana cada vez mais me decepciona, visto o interesse das pessoas no que você pode dar e não no que você é, durante a semana me senti mal com algumas coisas, que não vem ao caso citar, afinal isto aqui não é um diário, no entanto no entanto mesmo sabendo que o texto não é dos melhores resolvi escrever estas linhas niilistas, afim de não perder tais idéias, e ver se consigo finalmente aprender alguma coisa com elas.
Por fim, a cada dia chego mais à conclusão de que realmente tenho o que mereço, e se isto é pouco, se deve à minha incompetência em manter as coisas, mas estas linhas já não interessam a este texto, já são pensamentos atuais e este texto escrevi a uns três dias...

domingo, março 23, 2008

Meus dias passam sem pressa, dias em que até o pensar na morte pode ocorrer com a mais pura calma e sutileza, dias que já não me trazem dor ou prazer, em que vivo por viver, me sentindo cada vez mais como um ser errante a caminhar sem destino, sem porto de partida ou de chegada pelos mais diversos pensamentos, por vezes depressivos ou alegres quimeras.
Sei que as ladainhas repetitivas são meu maior erro, que caminho em círculos, sempre voltando ao mesmo lugar, que a fraqueza é o maior dos defeitos e dela bebo com muita gula, fazer o que se percebi a muito minha falta de talento para qualquer aspecto positivo da vida humana, se não sei para onde ir ou como agir, se já nem sei o porquê de ter me dado esta vida ou o que faço dela, tudo perdeu o sentido e não encontro qualquer que seja o tal, já desisti, a pessoas que nascem para ser feliz, outras não, acho que me encaixo na segunda opção, até que algo me prove o contrário, já não sei porque escrevo isto e paro por aqui, é só mais um momento de pura negatividade eminente...




Só umas coisas que escrevi em mais um momento depressivo da minha bipolaridade comportamental, as vezes tudo parece sem muito sentido, mas logo depois começo a pensar q é só meu sono...

quinta-feira, março 20, 2008

Só mais uma postagem...

Um sentido
Felipe Alecrim

Lagrimas que jorram
Murmúrios que brotam de um peito,
A dor do desapego
Laivos de suprimido desprezo

Conseqüências de uma vida sem rumo
Desprezo por si mesmo
O peso da escolha
O passado visto com desgosto

Límpidas características de uma vida desregrada
Sentimento de quem procura...
Um sentido a muito perdido,
Para a tragédia que se tornou o viver...


Vou tentar postar com mais frequencia por aqui, ao menos para não ficar tanto tempo parado...

quinta-feira, março 13, 2008

Quase sempre

Ele já não agüentava mais seus dias quase sempre normais, seu nome era Renato, quase sempre acordava ao amanhecer do dia com um aspecto nem sempre agradável, seu humor era muito pouco afável, pois sabia como seria seu dia.
Não era novidade que pegaria no mínimo dois ônibus lotados, o que já era um pensamento, um tanto positivo, visto que geralmente eram, não dois, mas sim, quatro ônibus, na gíria popular, “entupidos de gente”; levantava então, tomava seu café quase sempre rápido e caminhava, com um aspecto somente comparado com o de um enfermo em estado terminal, rumo ao ponto de ônibus, onde após algum tempo viria seu famigerado ônibus, onde da parte interna só via uma escuridão de gente, ocasionado pelo excesso de passageiros já amontoados. Após aproximadamente vinte minutos chegava à fatídica parada do circular onde, já sabia, teria que ser rápido caso pretendesse sentar ou então teria que se preparar para espremer-se na porta junto a pessoas nem sempre cheirosas. Sentar nas cadeiras do circular não seria nada muito confortante, tendo-se em vista que era um ônibus velho, diria até, quase sucateado, que andava a uma velocidade irrisória e abarrotado de gente, com um cheiro, diria, fétido, fruto das várias pessoas suadas e algumas, acreditava ele, carentes de um bom banho a algum tempo, e os bancos, já estava acostumado, não eram um primor de em termos de conforto, e nem um pouco limpos, o que apenas o faria suar menos. Sabia também que chegaria atrasado, devido à já comentada velocidade do veiculo, e o humor, nem sempre agradável, dos motoristas não o encorajava a fazer grandes reclamações, no entanto, tal atraso não o preocupava, pois sabia que quase sempre não tinha aula, ao menos naquele dia da semana nos primeiros horários, visto a carência de professores no curso em que estava inserido, e sabendo disto, tinha certeza de que dispersaria o tempo restante aos horários ociosos em conversas infindáveis e quase sempre produtivas, ao menos para melhorar seu humor, que a esta altura já estava abalado, tais conversas, também já tinha idéia, ocorreriam ou na lanchonete, onde também sabia, ficaria sentado em cadeiras vermelhas, e olhando para os salgados que no entanto não se encorajaria a comer, quaisquer se fossem, visto seu aspecto, não muito atrativo ao paladar humano, quanto ao refrigerante, até que pensava comprar, mas lembrava que teria que dividir com as abelhas que tinham moradia junto às luzes, onde montavam comunidades; caso as conversas não ocorressem na lanchonete a opção sempre era sentar nos bancos ao lado do bloco “H”, os quais eram de madeira e concreto e onde o vento sempre desencorajava a ir para as aulas posteriores, às quais sua fraca resistência não ajudaria com que fosse assistir, ao fim do dia, mais um circular e mais um ônibus, ambos seguindo a mesma linha dos matinais e chegando a noite em casa, comeria e cairia de sono já com um “certo nojo” ao pensar com quase toda certeza teria outro dia quase igual ao dia passado.