quarta-feira, dezembro 20, 2006

Só mais uma asneira política

Depois de algum tempo sem idéias me vi, de algumas semanas para cá, indignado com a tamanha sensibilidade das pessoas que deveriam governar para o povo, afinal enquanto temos mais uma seca no nordeste, o que nitidamente é ocasionado por falta de vontade política, temos nossos deputados e senadores preocupados em dobrar seus salários ou no mínimo aumentá-los a níveis totalmente inaceitáveis tendo-se em vista que o salário das pessoas que realmente precisam vão ter um aumento de pouco mais de 20 reais, não bastasse isso quando já me vejo revoltado ouso a noticia de que no Mato Grosso foi aprovada em “regime de sigilo” uma lei que remunera para a resto da vida os governadores do estado a partir do atual em diante, tal noticia é tão grande aberração que até o apresentador do Jornal Hoje deu uma risada escondida porém visível ao trazer tal noticia.

No entanto o que se vê é um povo que mesmo ao ver tais repugnâncias políticas não mostra nenhuma ou quase nenhuma reação a não ser focos isolados de pessoas que mostram sua revolta mas que sozinhas não conseguem mudar nada, será que essa grande parcela da população que não se meche não vê que os tais aumentos e remunerações vitalícias são retiradas dos impostos que são pagos pelo povo, e que esse dinheiro deveria ser destinado para coisas publicas e não para uns poucos que já nos roubam das mais variadas formas?

Finalizo tal texto mais uma vez dizendo que “cada povo tem o governante que merece” e sendo assim isto seria mais uma prova de que o povo brasileiro em sua maioria merece os males que passa, pois qualquer povo já teria ao menos feito alguma coisa para parar esses nossos “políticos” que não trabalham para o povo, mas apenas para engordar seus bolsos já rechonchudos.

sábado, dezembro 02, 2006

A esperança

A Esperança não murcha, ela não cansa,
Também como ela não sucumbe a Crença.
Vão-se sonhos nas asas da Descrença,
Voltam sonhos nas asas da Esperança.

Muita gente infeliz assim não pensa;
No entanto o mundo é uma ilusão completa,
E não é a Esperança por sentença
Este laço que ao mundo nos manieta?

Mocidade, portanto, ergue o teu grito,
Sirva-te a crença de fanal bendito,
Salve-te a glória no futuro - avança!

E eu, que vivo atrelado ao desalento,
Também espero o fim do meu tormento,
Na voz da morte a me bradar: descansa!

Texto de Augusto dos Anjos poeta do pessimismo, de textos com temática pesada que chega muitas vezes a gerar repulsa de alguns, mas que para mim é um dos mais interessantes e peculiares poetas nacionais, por sua visão extremamente pessimista de vida e do mundo.

Este texto, sempre sob a visão única do autor, fala da esperança, pela visão de um pessimista o que torna o texto bem interessante pela luta entre a esperança e o desalento com um mundo sempre tão hostil para quem tem uma visão mais critica da sociedade e do mundo enquanto ambiente ocupado por gente tão mesquinha.

Outro ponto que me chamou a atenção foi o trecho: “Mocidade, portanto, ergue o teu grito, Sirva-te a crença de fanal bendito”, seria bom nossa juventude ao menos interpretar isso, quem sabe se ao menos assim a mesma não deixaria de ser tão facilmente manipulada por tão desonesta imprensa vendida deste nosso país.

Fico por aqui deixando mais este texto para reflexão.